História CERVJ

Divulgação da casa, sua finalidade, esclarecimento sobre o nome, a mensagem do mentor da casa.

Fundadora: Dna. Durvalina

 

1-    Fundação

 

O CERVJ foi fundado em 1950, iniciando seu funcionamento na casa de uma senhora que cedera seu próprio domicílio para atendimento de PAI CONGO, posteriormente mudou-se para a Rua Paraibana, 144 – Vila Prudente, onde outro casal cedeu a preço módico suas instalações (onde o Centro funcionou por mais de trinta anos).

Em 1976, graças aos FILHOS DE PAI CONGO, o terreno da sede atual foi adquirido.

Em 1986, com um pedido de PAI CONGO a todos os freqüentadores foi construído o prédio onde atualmente a casa funciona, sendo a construção concluída em apenas um ano.

Em 1987, o centro passou a funcionar já no prédio atual, onde realiza suas atividades até os dias atuais.

 

2-    Significado do Revelador da Verdade:

 

O revelador da verdade, não significa que a casa tem a pretensão de ser a única a possuir a verdade. Segundo a doutrina Espírita, três foram as REVELAÇÕES manifestadas ao homem na civilização ocidental:

- A primeira, veio por intermédio de MOISÉS, quando lhe foi revelado e ele tornou público a todos os homens de todas as castas que há um único DEUS, trazendo a público os dez mandamentos, impedindo a adoração de imagens.

Como se sabe, na antiguidade, apenas a Casta Sacerdotal possuía esse conhecimento, deixando as massas na ignorância, e, para atender aos anseios das massas, os Sacerdotes permitiam a existência e adoração de vários deuses e semi-deuses (Deus da guerra, Deus do amor, Deuses lares (familiares), etc);

- A segunda revelação, veio por intermédio de JESUS, cujos ensinamentos vieram consolidar os de MOISÉS, revelando pela BOA NOVA que nenhum homem poderia pretender a eternidade se não “nascesse de novo”, resumindo os mandamentos a um só, que é AMAR A DEUS e AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO.

CRISTO prometeu enviar o ESPÍRITO CONSOLADOR.

- A terceira revelação conhecida veio através dos Espíritos (O CONSOLADOR), cujas mensagens foram estudadas por ALLAN LARDEC que as codificou em alguns livros: Livro dos Espíritos, Livro dos Médiuns, Evangelho Segundo o Espiritismo, A Gênese, e O Céu e o Inferno, onde aprendemos que o ESPÍRITO É ETERNO, nós nascemos, morremos e reencarnamos, o progresso do Espírito é a busca da perfeição, que a mediunidade deve ser estudada e educada. É a doutrina da consolação.

Pela terceira revelação, os fenômenos mediúnicos que sempre existiram, deixaram de ser vistos como milagres, entendidos como manifestações de espíritos que podem e devem ser estudadas, controladas. Portanto, O REVELADOR DA VERDADE, significa que a Casa se dedica ao estudo, compressão das manifestações mediúnicas, que aqui nos encontramos para realizar o ideal de busca da perfeição espiritual, que não há maior VERDADE do que “FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO”.

 

3- PAI CONGO

 

Qual a razão do MENTOR ESPIRITUAL DA CASA chamar-se PAI CONGO?

 

CONGO, por que nosso MENTOR é oriundo desta nação.

 

PAI, porque nos vê, a todos, como seus filhos. Aqueles que, em sucessivas encarnações, tiveram alguma ligação com ele, e que, não tendo atingido o seu grau de espiritualização, nos reunimos sob seus cuidados.

PAI CONGO, como todos os espíritos de seu grau de espiritualização, teve várias encarnações. Os Espíritos, quando se comunicam com os encarnados, podem tomar a forma que entenderem, embora costumem apresentar-se segundo a forma da encarnação em que mais progrediram, ou aquela pela qual poderão transmitir melhor seus ensinamentos.

Segundo os videntes, embora PAI CONGO dê início a sua comunicação como se fosse um PRETO VELHO, apresenta-se como ora um HINDU, ora como um jovem mulato claro. Qual a razão?

PAI CONGOconta que, entre as diversas encarnações, reencarnou entre o povo que utilizava a Estrela de Seis Pontas para identificar-se (povo Judeu). Nessa encarnação, teve muito poder, e em razão desse poder, contraiu as mais pesadas dívidas. Para redimir-se, reencarnou-se muitas outras vezes, inclusive como HINDU, sendo que em sua última encarnação, reencarnou em Minas Gerais, como escravo. Era um escravo jardineiro e, pela proximidade da Casa Grande, apaixonou-se por sua Sinhazinha.

Era um amor impossível. Sua Sinhazinha gostava de flores, especialmente ANGÉLICAS. Assim, como forma de demonstrar seu AMOR, PAI CONGO cultivava ANGÉLICAS para oferecê-las a sua amada.

Conta PAI CONGO que, certa vez, estava sendo punido por seu dono ou capataz nas ruas, quando foi salvo por um Alferes, nosso conhecido herói nacional, TIRADENTES. Por isso, TIRADENTES é nesta Casa, o PATRONO DA JUSTIÇA.

Embora poucos saibam, os ÍNDIOS representam uma das maiores forças de trabalho escravo em nossa terra. Eram tidos como preguiçosos, apenas por que amavam a liberdade, e, quando escravizados, viam-se presos com uma tristeza muito grande, falecendo na maioria das vezes. Porém, os índios foram utilizados como força escrava na escravização de outros índios (integravam as conhecidas “Bandeiras”), seja como guias dos bandeirantes, seja como grandes e corajosos guerreiros que eram. Por isso, nessa Casa, a chamada TRIBO GUARANI, formada por espíritos de indígenas, é a responsável pela guarda e proteção espiritual de seus freqüentadores. PAI CONGO prefere apresentar-se a nós, nesta Casa, como preto velho, por que foi em sua última encarnação, como escravo, que conseguiu redimir-se de todas as dívidas contraídas nas anteriores, e foi quando realmente aprendeu a virtude da HUMILDADE.

Embora PAI CONGO nos auxilie em todas as nossas vicissitudes da vida, diz ele que prefere cuidar dos problemas de “amor”. Por isso, oferta àqueles que passam por problemas amorosos, as ANGÉLICAS que tanto cultivou quando encarnado.

A missão de PAI CONGO nesta Casa, decorre da mediunidade de nossa fundadora, Dna. Durvalina.

PAI CONGO, quando se comunica conosco, apresenta-se como JARDINEIRO.

Há um poema infantil que diz:

 

JARDINEIRO, JARDINEIRO,

VAI REGAR O TEU CANTEIRO,

LINDAS FLORES, LINDAS FLORES,

COLHERÁS O ANO INTEIRO.

 

Para PAI CONGO, nossos corações são o seu canteiro, onde ele semeia, e cultiva a maior lição do Evangelho, que é o exercício da CARIDADE, para ver florescer em nossas vidas a semente do Evangelho.

Quando PAI CONGO nos oferta uma flor, materializa um poema do amor que sente por nós.

Grande parte de nós que freqüentamos esta Casa, vivemos em outras vidas da exploração do trabalho escravo. Hoje, quando passamos por dificuldades, buscamos o auxílio de um ex-escravo, que na sua humildade, nos ensina a viver o Evangelho.

 

 

4- DURVALINA DE FARIAS

 

Durvalina foi, enquanto encarnada, uma mulher forte, com espírito jovem e com a missão de fundar, juntamente com PAI CONGO essa casa de caridade.

Médium, tinha dificuldade para exercer sua missão, de vez que não encontrava uma Casa onde pudesse exercê-la com alguma facilidade (proximidade de sua residência e trabalho). Seu guia, que fora seu próprio pai nesta encarnação, JOSÉ MARCIANO DE FARIA, necessitava cumprir a missão que com ela assumira, não encontrando a necessária correspondência. A médium, então, foi punida com várias vicissitudes, inclusive ficando paralisada em seu leito. JOSÉ MARCIANO, então pediu a PAI CONGO a misericórdia de que assumisse alguma missão com a médium, que a obrigasse a trabalhar. PAI CONGO, então, passou a manifestar-se através da médium, e suas mensagens eram tidas como prodigiosas pelos assistentes, de vez que indicava as pessoas e referia as soluções para seus problemas. Após a médium passar por várias provações consistentes no fato de outros médiuns, ou dirigentes enciumados procurarem impedirem-na de dar passividade a PAI CONGO, com o auxílio de amigos encarnados, foi fundado o CENTRO ESPÍRITA REVELADOR DA VERDADE. em 1950.

            Ela dedicou XXX anos de sua vida à essa casa, transmitindo as palavras de PAI CONGO, lutando pela construção, crescimento e desenvolvimento da casa e de todos os trabalhadores que dela fazem parte.

            Após seu desencarne, descobriu-se que ela era na verdade a Sinhazinha a quem PAI CONGO dedicava todo seu amor, quando escravo.       

 

5- O porquê de, nessa casa, apesar de seguir os ensinamentos Kardecistas, ser possível verificar a comunicação de vários espíritos que se apresentam como índios, baianos, pretos velhos, assim como de padres, médicos, enfermeiros, etc.?

 

Ora, se os espíritos podem se manifestar segundo a forma que tiveram em qualquer de suas encarnações, como podemos querer negar nossa raízes?

Acaso seria razoável pretendermos ouvir comunicações apenas de médicos, doutores em leis, grandes políticos e educadores, cientistas?

Qual a razão de não permitirmos que nossos antepassados se revelem sob a forma e identidade que tiveram em encarnações como índios, caboclos, mestiços, negros, orientais?

Uma única razão haveria para tanto? Qual seja o preconceito, o orgulho, mesquinhez, sentimentos estes que não se coadunam com o preceito maior da CARIDADE.

Todos, absolutamente TODOS, têm o direito de buscar o PROGRESSO, inclusive os antepassados ou espíritos que nós eventualmente tenhamos, até, escravizado.

Apenas, nesta Casa, por seguir os ensinamentos kardecistas, não veremos tais espíritos utilizarem seus aparelhos mediúnicos para beber, fumar, etc.

 

4- A ESTRELA DE SEIS PONTAS

 

Como referido acima, PAI CONGO viveu sob a égide desse símbolo.

Atualmente sabemos que os símbolos, especialmente após as pesquisas de YUNG (que foi discípulo de FREUD), têm grande significado para a humanidade.

A ciência reconhece hoje em dia que nossas células têm memória, inclusive a memória dos antepassados. É assim que surgem nossos conhecimentos inexplicáveis a respeito de algumas situações.

Não seria possível explicar, nessas poucas linhas, como se transmite a memória ontofilogenética, o que corresponderia à memória espiritual. Ou seja, conhecimentos que trazemos de outras vidas.

Porém, é certo que o símbolo da estrela de seis pontas, é utilizado por várias civilizações, tendo sido apropriada pelos judeus, especialmente em razão dos estudos herméticos da cabala.

O triângulo com a ponta para cima indica a busca da espiritualização, a matéria que procura o espírito.

O triangulo com a ponta para baixo indica a matéria, o espírito que busca a matéria.

Quando os dois triângulos se unem, especialmente de forma equilibrada como o da estrela de seis pontas, têm-se o efetivo equilíbrio entre matéria e espírito.

Se unirmos as pontas de uma cruz, também formaremos dois triângulos, porém não haverá intersecção entre eles, por isso, não há o efetivo equilíbrio.

Também consta, segundo o livro CIDADE NO ALÉM, que mostra o plano da Cidade conhecida por nós através de ANDRÉ LUIZ como NOSSO LAR, que tal cidade está edificada de forma que, vista de longe, apresenta-se com a foram de uma estrela de seis pontas.

Por outro lado, quando nos encontramos em situação de grande dificuldade, costumamos usar a figura de linguagem de que tudo está negro, escuro, que não vemos uma “luz”.

Ora, quando nos vemos em uma situação dessas, é como se estivéssemos andando ou viajando sem um “norte”, sem algo para nos guiar.

A estrela de seis pontas, assim, aqui é posta, também, como um símbolo de que não há noite que sempre dure.  Além de que, ainda que se faça noite, há uma estrela para nos guiar, como as estrelas que por tantos séculos serviram de guia aos viajantes.

Ou seja, a estrela de seis pontas está colocada como símbolo desta Casa, seja para lembrar-nos de que pouco importa a posição que ocupemos, devemos nos guiar pelas virtudes da HUMILDADE e da CARIDADE: o nosso progresso se faz, unindo o espírito à matéria, ou seja, pelas sucessivas reencarnações, onde a matéria é necessária para que o espírito possa progredir; e finalmente, a estrela de seis pontas nos faz lembrar que ainda que caminhemos pelo vale das sombras, não há o que temer, pois uma estrela brilha para nos indicar o verdadeiro caminho.